Pregação sobre Jacó e Esaú – É natural ter um filho favorito? 

Pregação sobre Jacó e Esaú – É natural ter um filho favorito? 

Nesta pregação sobre Jacó e Esaú, vamos analisar se é normal ter um filho favorito, de acordo com a Bíblia. Este estudo pode ser direcionado para pais ou casais da igreja, ou para um culto da família. 

Em 2010, uma psicóloga dos Estados Unidos, Ellen Libby, lançou sua obra (the favorite child, a criança favorita, em tradução livre) na qual defende a preferência por filhos como um resultado natural da vida. Para ela, assim como mãe e pai não são iguais, os filhos não precisam ser.  

Ela aponta que é natural os pais preferirem este ou aquele filho por inúmeras rações, como ser mais velho ou mais novo, o sexo, complicações ao nascer, etc. Será que o cristão pode concordar com este pensamento?  

Cada ser humano é único, por isso, a criação dos filhos deve respeitar esta individualidade. Por outro lado, o sucesso na criação de filhos é não mostrar preferências ou diferentes critérios para situações semelhantes.  

Vamos analisar isso em nossa pregação sobre Jacó e Esaú. 

Um filho mais quieto e outro mais “elétrico” exige uma postura dos pais de sabedoria para conseguir oferecer aos dois filhos as mesmas oportunidades. A bíblia nos oferece diversos exemplos positivos de pais que souberam guiar seus filhos nos caminhos corretos e obtiveram sucesso.  

Introdução da pregação sobre Jacó e Esaú

Vamos começar nossa pregação sobre Jacó e Esaú lendo Salmos. Quando lemos que um filho é como uma flecha (Salmos 127:3 e 4), precisamos compreender a profundidade deste ensinamento; pois as flechas representam uma poderosa arma de guerra, de longo alcance e com diferentes propósitos. Existem flechas de caça, de guerra de longo alcance de tiro curto, enfim, podemos enxergar nesta comparação (filhos e flechas) que existe sim uma diferenciação de personalidade, pois cada filho terá um futuro diferente, mas que será moldado e otimizado pela criação que recebeu. 

Quando falamos que cada filho é único e, portanto, merece diferentes tipos de orientação, devemos compreender que o alvo deve ser sempre o mesmo: o equilíbrio. Se um filho tem “queda” por festas e amizades, os pais devem cria-lo mais perto de si, não deixando-o tão livre, devem mostrar os limites das amizades. Se o mesmo casal tem um filho retraído, a motivação pode ser justamente a oposta, incentivá-lo a participar de eventos em grupo. Isso não significa que os pais estão criando-os de forma diferente, mas sim que buscam o mesmo equilíbrio para os dois. 

Malefícios das preferências 

Como na história de Jacó e Esaú, podemos ver claramente que a preferência trouxe a inimizade e ódio entre os irmãos. Tudo isso porque ao dar preferência a um, a mãe ensinou o seu “preferido” a trapacear, ignorar o irmão e enganar o próprio pai, em outras palavras, os fins justificam o meio. Quando uma mãe dá um chocolate escondido, um presente a mais ou um castigo mais brando ao seu preferido, está ensinando-o a trapacear, roubar, enganar e ser vaidoso. 

Portanto, quero ressaltar nesta pregação sobre Jacó e Esaú que não devemos concordar com “especialistas” em educação, quando suas ideias contradizem a Bíblia. 

Além disso, formam-se pessoas inseguras, irresponsável e sem respeito às autoridades, pois estão ensinando seus filhos que estão acima das ordens gerais e o que vale para o irmão não vale para ele. 

Do ponto de vista do filho não favorito, o desprezado, carrega também uma série de carga negativa, como rejeição, espirito de independência, injusta, entre tantos outros aspectos negativos. 

Não faça comparações 

Outro ponto que quero ressaltar nesta pregação sobre Jacó e Esaú é que não devemos fazer comparações. Um dos erros mais comum que podemos observar nos pais de hoje em dia é a comparação entre os filhos. Dizer que um é melhor nos estudos, o outro é mais inteligente, um é mais forte, o outro é mais caprichoso ou qualquer outro tipo de comparação deste tipo é um grande erro na formação dos filhos. Isso ocorre principalmente em conversas com visitas, o que deixa a criança ainda mais envergonhada e revoltada. 

Dizer que este ou aquele é “dá mais trabalho” ou é “mais revoltado” só traz consequência ruins para ambos, trazendo rivalidade, inveja e ciúmes. 

Um exemplo dos malefícios de preferências pode ser observado na história de Esaú e Jacó. A preferência da mãe por um dos filhos gerou uma confusão que acabou por dividir a família a tal ponto de um querer matar o outros. O conflito entre os dois só terminou com uma intervenção divina, que voltou a uni-los (Gênesis 33). 

Dicas para uma criação em pé de equidade 

Vamos concluir essa pregação sobre Jacó e Esaú com algumas dicas práticas aos pais. 

Valorize a individualidade sem comparações, apenas elogie uma atitude correta, não diga ao outro algo do tipo “está vendo”.  

Não tenha pena de impor disciplina, pois o seu próprio filho será beneficiado, tornando-se uma pessoa de ética e respeitosa. 

Sempre reflita se está sendo tendencioso.  Pai e mãe devem agir da mesma forma, trabalhar em equipe. Um castigar e outro perdoar a mesma situação é um equívoco comum. O pai falar que pode e a mãe não, só dá à criança a sensação de impunidade (para si) tornando-a rebelde contra autoridades. 

Evite comparações com outras crianças, filhos de colegas ou amigos da escola. 

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