Palavra de oferta para estudo da família cristã
Se você quer levar uma palavra de oferta para o culto da família, para reflexão da sua própria família, ou simplesmente para uma reflexão pessoal, então este estudo completo sobre o assunto vai te ajudar.
Um dos assuntos mais discutidos e controversos da fé cristã é em relação aos dízimos e ofertas. Mesmo quem frequenta a igreja há algum tempo tem dúvidas sobre como deve ser a contribuição e a administração financeira da igreja evangélica.
Alguns não entendem por que os evangélicos dão o dízimo, outros questionam o destino do dinheiro arrecadado nas igrejas.
Neste texto fizemos um levantamento baseado na bíblia sobre o uso dos dízimos e ofertas, pois muitos cristãos questionam se é correto um pastor (presbítero, ou qualquer outro líder de igreja) ser sustentado pela igreja. Desenvolvemos um texto bem elaborado para quem deseja levar uma palavra de oferta para célula.
Por que refletir sobre dízimos e ofertas?
Acredito que o maior motivo desta dúvida pairar no pensamento do crente é porque ouvimos falar de muitos líderes que acabam utilizando o dinheiro arrecadado com o dízimo da igreja para fins de ostentação e enriquecimento pessoal. Também, infelizmente, não é raro pessoas se engajarem na vida ministerial visando uma forma de sustento próprio e não como um chamado de Deus. Curiosamente, na igreja primitiva já existiam tais parasitas, como podemos ver em 2 Pedro 2:3.
Diante disso, eliminando os motivos errados, vamos começar nosso estudo bíblico levando em consideração que estamos falando de membros das igrejas evangélicas e não visitantes, pois o visitante deve ser estimulado a contribuir apenas se quiser. Quando levar esta palavra de oferta para célula, veja que é uma ótima oportunidade de ensinar corretamente os participantes sobre o assunto.
O instruído e o instrutor
No texto que se estende de Gálatas 6:6 a Gálatas 6:10 podemos ler a orientação de que o cristão deve contribuir para o sustento do líder da igreja. No versículo seis, o termo “faça participante de todas as coisas” era uma orientação para que houvessem contribuições materiais pelo sustento daquele que instrui à Palavra.
A orientação neste caso é bem clara: “E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui”, Gálatas 6:6. Atualmente, não é necessário repartir todos os bens, para isso existe o dízimo.
Os que são instruídos devem ajudar no sustento daquele que instrui, pois é isso que se espera de um discípulo, que ele demonstre sua gratidão com ajuda material na vida de seu líder espiritual. A orientação em Gálatas 6:10 também é clara sobre o dever que temos de ajudar a comunidade na qual estamos inseridos, mas priorizar aqueles que seguem nossa fé, por isso é importante que as igrejas mantenham as obras sociais, para que os fiéis possam colaborar na obra da igreja e não precisem ajudar com obras sociais vinculadas a outras denominações religiosas.
Mais palavra de oferta sobre o instruído e o instrutor
Se você ainda não achou este texto claro, vamos dar uma passada em 1 Coríntios 9. O capítulo todo é bem interessante, mas vamos focar nos versículos 7 a 14, para compreender melhor como administrar o dízimo.
“Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do gado? Digo eu isto segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais? Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho”.
A orientação de Paulo
Paulo orienta a igreja de Corinto a compartilhar os bens com os que pregam o evangelho. O texto é ainda mais radical na referência que faz ao compartilhar de tudo, o que demonstra como os cristãos foram orientados a colaborar pelo sustento de seus líderes religiosos, esta é a função dos dízimos e ofertas.
Com este trecho, queremos ressaltar, nesta palavra de oferta para célula, que é necessário que os dízimos e ofertas sejam utilizados para sustentar os líderes da igreja.
O trabalhador é digno de seu trabalho
A frase acima é uma referência a Lucas 10:7 e está em 1 Timóteo 5:18. Ao lermos 1 Timóteo 5:17 e 18 vemos que o autor revela que devemos contribuir financeiramente com os presbíteros da igreja, pois, como diz o texto, eles se fadigam de pregar o evangelho, além disso, primam pela igreja, pelo bem estar dos fiéis e consolam seus irmãos. O termo “dobrado honorário” também pode ser lida como dupla honra, que seria uma analogia ao dever do cristão de honrar seus líderes com respeito e financeiramente. No contexto desta passagem, acredita-se que a igreja passava por algumas dificuldades financeiras e estava ficando difícil os presbíteros viveram apenas da obra. A oferta do povo, inclusive o dízimo, serviria para ajudar aquela liderança.
Ofertar com amor
Existem diversas referências bíblicas sobre o sustento dos líderes da igreja. Passagens que orientam o cristão a sustentar seu líder, para que este viva focado na pregação do evangelho e servindo à igreja. No entanto, ressaltamos que devemos sempre agir com fé e amor, entendendo que nossos dízimos e ofertas serão administradas para o bem da igreja e não para satisfação de oportunistas. O textos de Hebreus 11:6 e Romanos 1:17 falam da importância de realizarmos todas as obras por amor a Deus acima de tudo mais.
Com essas passagens, acho que fica claro o objetivo dos dízimos e ofertas. Você já tem uma boa palavra de oferta para célula que participa. Fale aos participantes que da próxima vez que você separar o dízimo, lembre-se que você está sendo fundamental para a continuidade da igreja cristã.
Por que dar dízimos e ofertas?
Agora, vamos abordar um segundo assunto nesta palavra de oferta para célula cristã. Uma das dúvidas mais frequentes em respeito aos evangélicos é “por que eles dão o dízimo?” Até mesmo os novos convertidos podem ter dúvidas a respeito desta rotina. Em outras religiões cristãs, como por exemplo a católica, o dízimo não é tratado da mesma forma. Por quê? E qual seria a diferença de dízimos e ofertas? Esperamos que este texto possa esclarecer algumas dúvidas sobre dízimos e ofertas. O objetivo deste texto não é explicar ou apontar o ponto de vista de outras religiões, ou de outros segmentos do cristianismo, mas sim focar na igreja evangélica, protestante.
Vamos começar pelo começo, ou melhor, pelo mais fácil: a diferença de dízimos e ofertas. Se o dízimo corresponde a um décimo (10%), a oferta seria uma ‘contribuição livre’, como é feito pela igreja católica.
A oferta pode ser também considerada como uma contribuição destinada para um fim específico, como uma determinada reforma, ou para um missionário, para a realização de um evento e por aí vai. Se você, por exemplo, já deu o dízimo, mas na semana seguinte quer contribuir um pouco mais, isso pode ser considerado como oferta.
Quando começou
Vamos trazer um pouco de história nesta palavra de oferta para célula. Antes de qualquer outro ensinamento religioso, como não roubar e não cobiçar, o dízimo foi o primeiro ato ‘religioso’. Ao ler o capítulo 14 de Gênesis, você percebe isso. Após uma batalha, Abrão é acolhido por um rei, Melquisedeque, e em agradecimento, lhe oferece o dízimo de tudo o que tinha.
No livro de Levíticos, que é um livro com as primeiras leis que formaram a comunidade judaica, existe outra escrita interessante. Entre elas, no capítulo 27, lê-se sobre dízimos e ofertas a partir do versículo 30.
Por fim, quando Israel virou uma nação, ficou decidido que uma determinada população, os ‘levitas’ (filhos de Levi) ficaria responsável pelos atos religiosos. Eles não se preocupariam em trabalhar no campo, no comércio ou em se envolver em batalhas.
Viveriam apenas no templo organizando as atividades religiosas. Para manter esta gente, o resto da nação daria o dízimo, um décimo, de tudo o que tinha, assim, poderiam se sustentar. Praticamente é este o conceito de dízimo. O povo manter uma igreja e pessoas que possam cuidá-la.
Os dízimos e ofertas servem para ajudar a manter a instituição religiosa, no caso dos evangélicos, a igreja.
Dias atuais
Evidentemente, muita coisa mudou de lá para cá. Hoje, os dízimos e ofertas continuam sendo oferecidos para que uma determinada igreja seja mantida. Possa pagar suas contas de luz, água, impostos, funcionários, comprar equipamentos e, se possível, manter seu líder, para que possa viver dedicando-se à igreja.
Claro que lobos em pele de cordeiro se aproveitam disso para “ganhar uma vida fácil”. Se cremos em um Senhor, cremos que esses aproveitadores serão desmascarados e temos a liberdade de mudar de igreja sempre que acharmos que “há algo de podre no reino da Dinamarca'”.
São com os dízimos e ofertas que muitas igrejas fazem trabalhos sociais, enviam missionários para locais ermos, mantém sites, rádios, canais de tv, entre outras coisas. E assim o dinheiro é administrado em prol de uma fé. Não há crime nisso, por mais que os céticos critiquem.
Para deixar claro que sabemos que há pessoas com más intenções. Fale sobre isso também ao levar uma palavra de oferta para célula. O que não pode ocorrer é transformar a fé em mercadoria, por isso, Jesus alvoroçou o templo. Alguns mercadores estavam vendendo itens religiosos com mais interesse em ganhar dinheiro do que em fortalecer a fé. Este fato pode ser lido no livro escrito por Mateus, no capitulo 21, e no livro de Marcos, capítulo 11.
Palavra de oferta – Gratidão
Os dízimos e ofertas também envolvem motivos como gratidão, reconhecimento do trabalho da igreja ou desprendimento material.
Quem não crê até pode discordar da prática do dízimo, mas seu ensino é claro em toda a Bíblia, portanto, se desejamos seguir uma fé, que possamos entendê-la. Podem criticar, mas não podem dizer que dízimos e ofertas não está na bíblia.
O dízimo deve ser praticado por fé, boa vontade e livre arbítrio. Quem tem medo de ser amaldiçoado, ou quer dar o dízimo “para enriquecer” tem um ponto de vista distorcido. Assim como todos os ensinamentos cristãos, devemos seguir esta prática com livre consciência e até alegria. O próprio mestre, Jesus, criticou os religiosos da época que davam dízimos mas não tinham um coração piedoso, como relatado por Mateus (capítulo 23, versículo 23).
O dízimo dos crentes
Agora, vamos voltar esta palavra de oferta para célula mais diretamente aos evangélicos. Não devemos nos esquecer das questões espirituais que implicam nesta questão dos dízimos e ofertas. Talvez, o principal texto sobre o assunto foi escrito por Malaquias. Em seu livro, o último do antigo testamento, o capítulo 3 aborda o assunto de forma genial.
Dar o dízimo é seguir um ensinamento, é um sinal de obediência. Em Malaquias, capítulo 3 versículo 10, podemos ler claramente que trata-se de um ritual que deve ser mantido. É um sinal de fé, de confiar em Deus, no mesmo texto de Malaquias podemos ver que o Eterno abençoa os que praticam este ensinamento.
Seguir qualquer fé, qualquer religião, da boca para fora é fácil. A partir do momento que uma rotina de oferta é apresentada, muitos discordam e, em muitos casos, até desistem de seguir aquela religião, aquela fé.
Podemos entender que ser dizimista é confiar no Criador e que ele conhece nossa intenção de colaborar para que seus ensinamentos continuem a ser propagados e que concordamos com seus ensinamentos.
A partir do momento que você decide seguir uma fé cristã verdadeira, é importante entender que dar dízimos e ofertas faz parte de seu crescimento. Significa que você está se desprendendo do que aprendeu sua vida inteira para seguir uma nova postura de fé.
Não dizimar é pecado? É obrigatório?
Não é correto tratar o assunto como ser pecado ou não. É uma postura de fé e gratidão. Não encontramos nas Escrituras nenhum trecho que aponte o fato de não ofertar, ou dar o dízimo, como pecado. Normalmente, esta prática está associada a bênçãos e não a uma postura imposta ou obrigatória.
Não estamos falando de algo obrigatório, mas de uma recomendação para que você alcance um nível ainda mais elevado de conhecimento, prosperidade e experiências que fortaleçam sua fé.
Podemos comparar os dízimos e ofertas com jejum e oração. São práticas que só podem nos trazer benefícios, quando feitos de coração e não por ganância ou necessidade.
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