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Estudo de Romanos 6

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Em Romanos 6, Paulo prossegue seu discurso sobre a graça, a liberdade que ela nos proporciona e a contradição que a graça tem com a lei, que escraviza e serve apenas para condenar e não para libertar. Um destaque que dou a este estudo bíblico sobre o livro de Romanos é para a atenção especial que Paulo dá aos leitores para que a graça não seja usada como desculpa para pecar. 

Logo nos versículos 1 e 2, Paulo rebate uma questão que muitas pessoas ainda usam como desculpas para não mudarem de vida. “Já que Jesus morreu pelos nossos pecados, quanto mais pecarmos, mais dignos de perdão seremos”. Esse raciocínio não tem lógica e Paulo explica que quando tomamos conhecimento da graça de Deus, não encontramos desculpas para pecarmos, mas sim forças para lutar contra o pecado.

Ao falar de morte para o pecado, Paulo distingue dois tipos de morte. A morte física e a morte para o pecado, que a separação do cristão do domínio do pecado.

No versículo 3, Paulo se dirige aos cristãos como “batizados em Cristo Jesus”. Este termo é direcionado aos que, pela fé, participam da morte de Cristo. O batismo era uma forma de declarar o testemunho desta morte e ressurreição de Cristo Jesus.  O batismo une o cristão ao próprio Cristo e serve como um ato voluntário que demonstra a vontade pessoal de morrermos para uma vida velha para vivermos uma vida nova, através do “renascimento” das águas, por isso, o batismo de crianças ainda bebês não é aceita pela maioria das igrejas evangélicas, pois entende-se que uma criança não tem poder de decidir por livre vontade se deseja mesmo este renascimento.

Nos versículos 6 e 7 de Romanos 6, o autor menciona nosso velho homem e o corpo do pecado, numa clara referência à nossa natureza decaída quando éramos ainda escravos do pecado. Quando o velho homem é destruído, não somos mais escravos do pecado, mas libertos dele. Ao ‘morremos’ para Cristo, rejeitarmos a vida de pecado, somos justificados de nossos erros, nossos pecados.  A morte do velho homem não o elimina automaticamente de nós mesmos, por isso, assim como em Efésios 4:22, somo orientados a separar nosso corpo do pecado. Os desejos de nosso corpo físico são pecaminosos, por isso, devemos nos “livrar” dele.

Em Romanos 6:7 Paulo deixa claro que quem morreu é justificado, ou seja, o pecado não tem poder para nos escravizar. No versículo 10, o apóstolo deixa claro que a vitória sobre o pecado é de “uma vez por todas”, portanto o pecado não pode ser nosso senhor.

Mais uma vez, no versículo 11, Paulo pede para que a gente se considere morto para o pecado, ou seja, devemos aceitar como verdade o que Deus fez por intermédio de Jesus Cristo e deixar que a vida de Cristo resplandeça sobre a nossa. O termo “considerar” tem equivalência a calcular, levar em consideração todos os aspectos. Em Romanos 6:12 Paulo ressalta que o pecado não pode nos controlar e dominar.

No versículo 13, de Romanos 6, Paulo volta a nos conscientizar que tudo depende de nossa decisão, por isso expressa que devemos parar de entregar nosso corpo ao pecado para nos entregarmos, em definitivo, a Cristo. Trata-se de uma decisão pessoal e íntima.

Entre os versículos 15 e 23, Paulo nos remete a Adão e nossa semelhança com ele, pois não podemos ser escravos de Adão, ou seja, do homem pecador, dos desejos da carne. Se estiver com a sua Bíblia por perto, você pode ler Romanos 5:12 a 21, para fazer um paralelo com este trecho de Romanos 6.

Um importante ensinamento sobre a doutrina cristã está em Romanos 6:17. Ao escrever “forma de doutrina”, Paulo se refere aos ensinamentos que modelam nossa vida, quando nos empenhamos em viver segundo a perfeita vontade de Deus. 

Repare que Paulo diz, no versículo 19, que devemos nos entregar como escravos. Essa linguagem mais franca era mais fácil de entender.

Em Romanos 6:21 o apóstolo volta a destacar que enquanto vivíamos no pecado não tínhamos do que nos orgulharmos.

Ao escrever “naquele tempo”, versículo 21, Paulo se refere ao período da escravidão do pecado, quando não tínhamos benefício nenhum.

Para concluir, um dos versículos mais conhecidos da bíblia: Romanos 6:23. Ao dizer que o salário do pecado é a morte, Paulo está nos ensinando que tudo o que ganharemos do pecado é a condenação à morte. Já a obediência nos leva à vida eterna, e isso não é um pagamento, uma recompensa, mas sim um dom gratuito. No entanto, a santificação em si não é a garantia da salvação, que só pode ser obtida pela misericórdia de Deus, através do sacrifício de Jesus.

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