Como educar seu filho, corrigindo-o 

Como educar seu filho, corrigindo-o 

Quer saber como educar seu filho? Saiba que você precisa saber corrigi-lo, e a Bíblia nos traz uma série de orientações sobre como faze risso.

Uma das diferenças mais claras entre pai e mãe está na forma de criar seus filhos. Enquanto os maridos têm a tendência de serem mais enérgicos, as mães, normalmente, são mais dóceis e têm mais dificuldade em castigar. Certamente, Deus nos fez com estas diferenças para que houvesse um equilíbrio na criação de nossos filhos.

Isso é uma verdade que não podemos esquecer: não tem como educar seu filho sem equilíbrio. Este texto é direcionado aos pais que desejam corrigir seus filhos conforme as orientações bíblicas. Um pai cristão deve saber como orientar e admoestar seus filhos com amor, paciência, mas convicto de suas ações. Os efeitos da correção são eternos e o pai que decide não corrigir seus filhos, não os ama, como veremos a seguir. 

Vamos começar com um dos versículos mais claros sobre corrigir os filhos, Provérbios 13:24. “O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga”. Algumas versões trazem a palavra “correção”, no lugar de “vara”.

Ao contrário do que algumas pessoas podem achar, a vara aqui não significa o castigo físico, mas um termo comum na época. Desde os tempos de Moisés, o termo “vara da disciplina” era empregado como sinônimo de “caminhos da disciplina” e desde então este termo sempre foi associado com o ensinar a criança no caminho que deve andar.

Portanto, quando lemos Provérbios 13:24 devemos ler com sabedoria e uma visão ampla do que ele nos ensina. Este versículo não diz que devemos castigar nossos filhos fisicamente quando ele erra, mas sim que devemos corrigir e mostrar, desde cedo, por quais caminhos a criança deve andar. É um engano achar que não tem como educar seu filho sem o castigo físico. 

Exemplos de caminhos 

Para ser mais práticos vamos a alguns exemplos de como ensinar nossos filhos a andarem no caminho correto. Ainda quando pequenos podemos ensiná-los a obedecer os pais, se alimentar corretamente, vestir-se adequadamente, não falar qualquer coisa, não atrapalhar a conversas dos outros, como se comportar na casa dos outros, como se comportar quando uma visita estiver em casa e por aí vai.

Podemos dizer que os exemplos são quase infinitos, portanto o que vale ressaltar é que alguns destes ensinamentos, como não gritar, dormir sozinho ou não fazer “manha” na rua, podem ser ensinados desde muito cedo. Conforme nossos filhos crescem, aprendemos novas práticas de ensino e passamos por novos desafios. 

Lidando com a mãe 

Não é raro, em lares cristãos, mães e pais se desentenderem quando o assunto é como educar seu filho. A mãe, normalmente, tem uma conduta mais permissiva e tolerante, o que é extremamente normal e até saudável. Para que os filhos sejam criados em harmonia, pais e mães devem conversar muito sobre o assunto. A leitura é outra ferramenta fundamental na criação de um filho, pois mostra a ambos técnicas e conhecimentos de forma “imparcial”. Pai e mãe aprendem a mesma coisa quando leem um livro. 

O pai deve sempre ser amoroso e respeitar a mãe na frente de seus filhos. As divergências são brechas que damos para que nossos filhos cresçam buscando agir conforme interesses próprios, recorrendo ao pai quando achar melhor, ou à mãe quando achar que será melhor para ele. Portanto, pai, não entre em conflito com sua esposa na frente dos filhos. Por isso, a comunicação é imprescindível. Assim, quando um problema surgir, pai e mãe terão uma boa noção de como lidar com o assunto, sem atritos entre si. 

Compreendendo a natureza materna, os pais devem ser amorosos e calmos ao lidarem com suas esposas. Emocionalmente, as mães “pedem” muito mais afeto dos filhos do que dos pais, por isso, é normal a mãe se posicionar a favor do filho, e contra o marido, em algumas situações. O marido não deve ser agressivo ou autoritário nestes casos. 

Algumas vezes, o pai quer agir de uma forma e a mãe de outra. A melhor forma de lidar com a situação é de com brandura e carinho, mostrando à esposa que ele (o pai) também ama o filho e está tomando uma decisão de forma mais racional do que emocional. 

Se não podemos corrigir nossos filhos de forma apenas emocional, também não tem como educar seu filho de forma apenas racional. É preciso um equilíbrio. 

Precisamos castigar fisicamente nossos filhos? 

Esta é uma pergunta controvérsia. A começar pelo conceito de “castigo físico”. Apertar a mão da criança, dar uma chinelada ou um tapa na bunda podem ser considerados agressões aos filhos? Depende da intensidade? Não é nosso objetivo debater sobre isso, mas o que podemos afirmar é que uma criança orientada desde cedo corretamente, conforme cresce, raramente faz algo que mereça um castigo mais severo. Por isso, a bíblia é muito clara ao dizer, em diversas passagens, que os pais devem orientar e guiar seus filhos desde pequeninos.  

Este assunto também deixa claras as diferentes opiniões de pais e mães. Existem diversos livros cristãos sobre disciplina e educação de filhos que nos mostram que é possível uma educação eficiente sem a necessidade constante do castigo físico.

O que podemos orientar, mais uma vez, é que qualquer que seja a decisão do pai, a mãe deve conhecer e concordar com o que será feito. Se o filho ficará de castigo por uma semana, a mãe deve ter conhecimento disso. Na verdade, o assunto deve ser conversado entre pai e mãe, mas o pai não deve nunca tomar uma decisão baseado apenas no que ele quer. 

Por fim, quando falamos em como educar seu filho, devemos ter consciência que cada vez que fazemos isso estamos ajudando-o a ser um cristão de valor, por isso, ainda que sintamos desconfortáveis castigando-os, não devemos nunca parar de fazer isso, pois, como diz Provérbios 3:12 “pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem”. 

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